As reações de adição são um dos temas mais importantes da Química Orgânica. Elas aparecem com frequência em vestibulares e no Enem. Por isso, neste artigo, vamos entender de forma simples e didática o que são essas reações, como funcionam e quais são seus principais tipos. Tudo isso com dicas que vão te ajudar a fixar o conteúdo de vez!
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O que é uma reação de adição?
Antes de tudo, é importante entender que as reações de adição ocorrem quando adicionamos átomos ou grupos de átomos a uma molécula orgânica. Geralmente, esse tipo de reação envolve um hidrocarboneto insaturado — ou seja, que possui dupla ou tripla ligação entre carbonos.
Essas ligações insaturadas funcionam como “pontos de reatividade”, pois permitem a entrada de novos átomos na estrutura. Em contrapartida, moléculas saturadas já estão completas, e por isso não participam desse tipo de reação.
Em resumo, a essência da reação de adição é simples: quebrar uma ligação dupla ou tripla e preencher esse espaço com novos átomos.
Por que as reações de adição acontecem?
Para entender o motivo dessas reações, é necessário lembrar que ligações duplas e triplas são mais instáveis do que as simples. Isso ocorre porque, além da ligação sigma (σ), essas ligações contêm uma ou duas ligações pi (π), que são mais fracas e fáceis de romper.
Quando essas ligações pi se rompem, os átomos de carbono ficam com valências livres. Consequentemente, tornam-se altamente reativos e prontos para interagir com novos átomos.
Vale destacar: essas reações não ocorrem espontaneamente. Elas precisam de condições específicas, como presença de catalisadores, calor ou luz.
Principais tipos de reações de adição
A seguir, vamos explorar os tipos mais comuns de reações de adição, com exemplos claros e explicações passo a passo:
1. Hidrogenação (adição de H₂)
A hidrogenação ocorre quando adicionamos hidrogênio molecular (H₂) a uma ligação dupla ou tripla. Para que isso aconteça, é necessário utilizar um catalisador metálico, como níquel (Ni), platina (Pt) ou paládio (Pd).
Exemplo:
CH₂=CH₂ + H₂ → (Ni) → CH₃–CH₃
Nesse caso, o eteno (CH₂=CH₂) se transforma em etano (CH₃–CH₃) após a adição de H₂. Essa reação é bastante usada na indústria alimentícia, especialmente para transformar óleos vegetais líquidos em gorduras sólidas, como a margarina.
Dica: O catalisador não é consumido na reação — ele apenas facilita a quebra da ligação dupla.
2. Halogenação (adição de X₂)
Já na halogenação, o reagente é uma molécula de halogênio (como F₂, Cl₂, Br₂ ou I₂). Ela reage com a ligação dupla, rompendo-a e adicionando um átomo de halogênio em cada carbono.
Exemplo:
CH₂=CH₂ + Cl₂ → CH₂Cl–CH₂Cl
Esse tipo de reação é especialmente útil para identificar insaturações em compostos orgânicos. Por exemplo, a adição de bromo era muito utilizada em experimentos para detectar a presença de duplas ligações.
Importante lembrar: Essa reação pode ocorrer até em temperatura ambiente, desde que haja presença de luz. Normalmente, utiliza-se um solvente inerte.
3. Adição de HX (ácidos halogenídricos)
Neste tipo de reação, adiciona-se um hidrácido (como HCl, HBr ou HI) a uma ligação dupla. Essa é uma reação eletrofílica, pois o próton (H⁺) é atraído pela região rica em elétrons da ligação pi.
Exemplo:
CH₂=CH₂ + HCl → CH₃–CH₂Cl
Nesse processo, o hidrogênio se liga a um dos carbonos da dupla, enquanto o halogênio se liga ao outro.
Atenção: Quando o composto é assimétrico, entra em cena a Regra de Markovnikov, que afirma:
“O hidrogênio se liga ao carbono que já possui mais hidrogênios.”
Aprenda como estudar de forma eficiente.
Por que estudar essas reações?
De maneira geral, as reações de adição são fundamentais tanto na Química Orgânica quanto na indústria. Elas são a base para a produção de muitos produtos que usamos no dia a dia — desde medicamentos até cosméticos e materiais sintéticos.
Além disso, conhecer esse tipo de reação é essencial para entender como os compostos orgânicos se comportam, como reagem e como podem ser modificados para formar novas substâncias.
Dica para mandar bem nas provas
Para assimilar bem o conteúdo, é essencial praticar. Comece desenhando as reações em seu caderno, anotando os nomes dos compostos antes e depois da adição. Em seguida, identifique qual tipo de reação ocorreu e qual foi o reagente utilizado.
Outra dica, crie mapas mentais ilustrados, com setas indicando a quebra da ligação e a entrada de novos átomos. Além disso, revisite os conceitos sempre que surgir dúvida, e resolva exercícios variados — isso ajuda a fixar melhor o conteúdo.