A história da Libras (Língua Brasileira de Sinais) é uma jornada de compreensão, inclusão e evolução. Ao mergulharmos nessa trajetória, somos conduzidos por Isabela Jordão, uma instrutora que nos guia através dos séculos. Destacando os momentos mais significativos que marcaram a evolução da Libras e sua importância no contexto atual.
A história da Libras tem seu prólogo na Europa medieval, onde o monge beneditino Pedro Ponce de Leon utilizou gestos manuais para educar crianças surdas. Este método pioneiro, que nasceu da necessidade e da observação cuidadosa, lançou as bases para o desenvolvimento do alfabeto manual, uma ferramenta revolucionária na comunicação com indivíduos surdos.
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Pedro Ponce de Leon e o Alfabeto Manual
A contribuição de Leon para a educação de surdos é monumental. Ao desenvolver uma série de sinais manuais para facilitar a comunicação, ele não apenas abriu um mundo de possibilidades educacionais para os surdos, mas também criou um legado que ressoa até hoje.
O alfabeto manual desenvolvido por ele é considerado um dos pilares fundamentais na criação da Libras. Pois demonstra a importância de entender o contexto e a história por trás desta língua única.
A Importância da História na Compreensão da Libras
Ao aprender Libras, é essencial mergulhar em sua história, compreendendo as raízes e as influências que moldaram esta língua ao longo dos séculos. Isso não apenas enriquece o processo de aprendizagem, mas também promove uma compreensão mais profunda e respeitosa da cultura surda.
A instrutora Isabela Jordão destaca a importância de entender o contexto histórico da Libras. Afinal, é uma perspectiva que permite aos aprendizes se conectarem de maneira mais significativa com a língua e, por extensão, com a comunidade surda.
Contribuições Significativas para a Educação de Surdos
Avançando na linha do tempo, encontramos figuras como Charles-Michel de l’Épée, que, assim como Leon, utilizou sinais metódicos para ensinar surdos. Criando uma conexão vital entre sinais e objetos, uma abordagem que revolucionou a educação de surdos em todo o mundo.
No Brasil, esse período histórico foi marcado pelo reinado de Dom Pedro II, governante que teve um familiar surdo e que demonstrou grande interesse na educação para surdos. Fato que viria a influenciar significativamente a trajetória da Libras no país.
A Chegada da Educação para Surdos no Brasil
O século XIX trouxe um novo capítulo para a história da Libras no Brasil, com a chegada de um professor surdo francês, convidado por Dom Pedro II. Este educador não apenas se tornou o primeiro professor surdo do Brasil, mas também fundou o Instituto Nacional de Educação de Surdos no Rio de Janeiro, uma instituição que se tornaria um pilar na educação de surdos no Brasil.
A influência da Língua de Sinais Francesa na Libras é evidente, por isso Isabela destaca a importância de reconhecer que cada país possui sua própria língua de sinais, uma riqueza linguística que reflete a diversidade e a cultura de cada nação.
A Evolução da Libras e suas Variações Regionais
Por fim, ao explorar a evolução da Libras, somos apresentados a uma série de configurações de mãos e movimentos que compõem a língua. Isabela demonstra, por exemplo, como fazer o sinal para “OK” e como sinalizar a cor verde, ilustrando a riqueza e a diversidade da Libras.
Além disso, a instrutora aborda a influência de outras línguas de sinais, como a Língua de Sinais Americana e a Língua de Sinais Francesa, na Libras, destacando a existência de variações regionais e a evolução constante da língua, um fenômeno comum a todas as línguas vivas.
Um Convite à Aprendizagem Contínua
Ao concluir sua apresentação, Isabela Jordão encoraja os espectadores a continuarem aprendendo e compartilhando o conteúdo com outros, reforçando a importância da educação contínua e da disseminação do conhecimento.