As técnicas de estudo atualmente são várias, e muito utilizadas, pois são capazes de ajudar o aluno a ter o melhor aproveitamento.
Por isso, listamos aqui 5 técnicas de estudos eficientes, segundo especialistas, para você inserir ainda hoje no seu planejamento.
- Atividade prática – Resolver exercícios
- Método Robinson – Repetição
- Elaboração Interrogativa – Porquê, Como, Quando, Onde.
- Pomodoro – Manter o Foco
- Escrever à mão – Habilidade Motora
Como você se sente quando percebe que, mesmo com várias horas de estudo, seu desempenho não está bom?
Saiba que há formas de estudar menos e aprender mais. Há anos pesquisadores da Neurociência e Psicologia investigam métodos, técnicas e buscam entender como nosso cérebro funciona durante o processo de aprendizagem.
O que será que mentes brilhantes como a de Einsten têm de diferente? Bem, o que se sabe é que ele visualizava o conteúdo de forma prática, ou seja, visualizava os problemas e traduzia as “imagens” para a linguagem matemática. Pode-se dizer que ele tinha sua maneira própria de aprender.
1. Atividade prática – Resolver exercícios
Primeiramente, vamos ver a técnica queridinha dos professores, estudantes e cientistas.
Um estudo americano realizado em 2013 analisou em detalhes 10 técnicas de estudo fáceis e frequentemente utilizadas pelos estudantes.
Para medir a utilidade das técnicas, os pesquisadores consideraram aspectos como condições de aprendizado, características dos alunos, conceitos simples e complexos e tarefas que envolviam memória, solução de problemas e compreensão.
Os testes práticos (estudar com exercícios) e a prática distribuída foram consideradas pela pesquisa como técnicas de alta utilidade.
A prática distribuída refere-se ao seu cronograma de estudos. Isso significa que intercalar as disciplinas de humanas com as de exatas, determinar um tempo para teoria e resolução de exercícios e, além disso, distribuir alguns minutos de descanso, fazem diferença para o desempenho do aluno nos estudos.
Essas duas técnicas, segundo os pesquisadores, beneficiam alunos de diferentes idades e habilidades e mostraram aumentar o desempenho deles em muitas tarefas e conteúdos, e por isso receberam a avaliação de alta utilidade.
Sobre os testes práticos, a pesquisa aponta que é indesejável por muitos estudantes, já que a resolução de exercícios está associada à avaliação do aluno.
No entanto, é preciso pensar nos testes e questões como uma forma de aumentar a aprendizagem e a retenção do que se aprende.
Desse modo, praticar o conteúdo com resolução de questões potencializa a sua capacidade de interpretação de texto, identificação das alternativas e assimilação do conteúdo nas diversas aplicações.
Portanto, não adianta evitar, resolver muitos exercícios precisa estar na posição número 1 do seu planejamento de estudos.
Está com o Inglês afiado? Então conheça mais sobre a pesquisa e as demais técnicas avaliadas.
2. Método Robinson – Repetição
EPL2R ou SQ3R (sigla original), foi publicado em 1946, no livro Effective Study do psicólogo americano Francis Pleasant Robinson.
Segundo Robinson, a repetição é uma ferramenta valiosa para um melhor desempenho nos estudos.
Por isso o método consiste em: Explorar, Perguntar, Ler, Rememorar e Repassar.
Cada uma dessas palavras é um passo a ser seguido, de modo que, inicialmente o estudante deve fazer uma leitura superficial dos tópicos, termos grifados, títulos e subtítulos.
Após explorar o texto, é o momento de elaborar perguntas sobre o tema, sobre o que ainda será visto.
O terceiro passo é ler o texto atentamente e tentar responder a todas as questões elaboradas anteriormente.
Na sequência, é preciso refazer a leitura. Procure grifar partes importantes. Novamente, leia com atenção para absorver as informações do texto, apostila, livro.
O último passo implica repassar o conhecimento adquirido. Tente, sem consulta, explicar o que leu.
Se preferir, pode elaborar um mapa mental ou um resumo só com as informações que consegue lembrar. Caso não tenha absorvido todas as informações, releia o texto.
Este último passo é bem útil para estudo em grupo.
Além disso, é possível aplicar este método também para as disciplinas exatas, já que o princípio da repetição é importantíssimo para os cálculos e fórmulas.
3. Elaboração Interrogativa – Porquê, Como, Quando, Onde
Concentre-se em saber o porquê, como, quando, onde e não apenas “o que”.
Pode parecer chato responder a tantos “porquês”, mas evidências sugerem que o poder do questionamento explicativo pode ser aproveitado para promover o aprendizado.
Ao refletir e buscar entender o porquê de certos fatos, conceitos e fórmulas faz com que o aluno gere uma explicação concisa, que o faça lembrar deste conteúdo futuramente.
A elaboração interrogativa aumenta a aprendizagem com base na organização e assimilação de novas informações com o conhecimento prévio do aluno.
Portanto, estudar desta forma contribui bastante para a elaboração de boas redações, na interpretação de questões discursivas e na resolução de questões que exigem conteúdos interdisciplinares.
Isso pode te dar um pouco mais de trabalho, é verdade, mas a probabilidade de você não esquecer é maior.
Vale lembrar que esta técnica também foi abordada na pesquisa científica “Melhorando a aprendizagem dos alunos com Técnicas de Aprendizagem eficazes: Orientações promissoras da Psicologia Cognitiva e Educacional”.
4. Pomodoro – Manter o Foco
A técnica Pomodoro foi desenvolvida por Francesco Cirillo no final dos anos 1980. É usada para manter o foco em uma atividade e, com isso, aumentar a produtividade.
Usada nos escritórios, ganhou adeptos também na área educacional por apresentar bons resultados.
O nome Pomodoro surgiu do cronômetro que Cirillo usava para controlar o tempo dedicado a cada atividade (25 minutos concentrado e 5 minutos de descanso).
Nos estudos, a técnica Pomodoro pode ser usada da seguinte forma:
5. Escrever à mão – Habilidade Motora
Não é a primeira vez que isso aparece aqui no blog. Papel e caneta ainda são muito eficientes para memorizar o conteúdo.
Isso porque ao escrever, usamos nossa habilidade motora que aciona áreas do cérebro como a linguagem, visão e capacidade cognitiva.
Além disso, escrever a mão exige maior atenção do que digitar, o que colabora para a memorização do que se está escrevendo.
Por isso, produza seus resumos e mapas mentais à mão. Use cores, símbolos e letras diferentes, caso prefira.
Para fazer isso você vai precisar lembrar dos conteúdos que viu, refletir sobre os conceitos para conseguir resumi-los em poucas palavras, prestar atenção na ordem e sequência de modo que seja um material útil futuramente.
E ainda, terá um tempo maior de contato com aquele tópico do que se estivesse digitando.
Muito bom, não é?!
Após terminar suas anotações, ainda vale aquela foto bem elaborada para as redes sociais. 😉
É válido destacar que não há uma técnica de estudo ideal. Você precisa identificar qual, ou melhor, quais funcionam para você.
A combinação de técnicas diferentes durante seu processo de aprendizagem funciona, se equilibradas.
Teste, de verdade, as técnicas durante um tempo e com diferentes disciplinas para descobrir o que funciona para você.
Vá com calma, existem várias, mas isso não significa que precisa usar todas.
Experimente e conte-nos como aplicou as técnicas no seu cronograma de estudos. Nós vamos adorar saber como você estuda e se nosso conteúdo está sendo útil para você.
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