Estilos de Aprendizagem: Qual Funciona Melhor Para Você?

Julia Konofal
Julia Konofal
3 minutos de leitura

Quando falamos sobre aprender de forma eficiente, é importante reconhecer que cada pessoa tem uma maneira única de processar informações. Esses diferentes modos de aprender são chamados de estilos de aprendizagem, e compreendê-los pode fazer toda a diferença nos seus estudos. Neste artigo, vamos explorar os três principais estilos – visual, sinestésico e auditivo – e dar dicas práticas para que você possa aproveitar melhor suas capacidades cognitivas.

Estilo Visual: Aprender com os Olhos

O estilo visual é caracterizado pelo uso de elementos visuais para compreender e memorizar conteúdos. Se você tem facilidade para aprender com imagens, cores, esquemas ou gráficos, é provável que esse seja o seu estilo predominante.

Como aplicar o estilo visual nos estudos?

Para quem se identifica com esse estilo, usar recursos como mapas mentais, tabelas, gráficos e desenhos é uma excelente forma de fixar o conteúdo. Por exemplo:

• Mapas mentais ajudam a conectar ideias e visualizar relações entre os temas;
• Tabelas permitem organizar dados em categorias claras, facilitando comparações;
• Gráficos tornam informações numéricas mais fáceis de compreender;
• Cores diferentes em tópicos distintos melhoram a organização mental do conteúdo;
• Desenhos e diagramas são úteis especialmente para matérias como biologia e geografia.

Uma dica extra:

Mesmo que você ache que não é “tão visual”, experimente esses recursos. Combiná-los com outros estilos pode potencializar ainda mais seu aprendizado.

Estilo Sinestésico: Aprender Fazendo

Já o estilo sinestésico está relacionado à prática e à experiência direta. Quem aprende melhor fazendo, testando, aplicando ou ensinando costuma ter esse perfil.

Como estudar de forma sinestésica?

Você pode usar várias estratégias:

• Praticar com exercícios e simulados, especialmente se estiver se preparando para provas;
• Criar experiências reais, como dramatizações, simulações ou estudos de caso;
• Ensinar o conteúdo para alguém, pois isso obriga você a compreender de verdade o que está dizendo;
• Participar de grupos de estudo, onde há troca de ideias e a construção ativa do conhecimento.

Além disso, o sinestésico se conecta com a memória procedural e semântica, pois envolve repetir, manipular e aplicar informações, o que ajuda a fixar o conteúdo de forma mais duradoura.

Estilo Auditivo: Aprender Ouvindo e Falando

Por fim, temos o estilo auditivo, onde a principal forma de aprender é por meio do ouvir e do falar. Esse estilo favorece quem gosta de escutar explicações, podcasts, aulas em áudio e também se beneficia de repetir informações em voz alta.

Estratégias para estudantes auditivos

• Ouça aulas, podcasts ou audiobooks sobre o tema que está estudando;
• Grave-se explicando o conteúdo e ouça depois;
• Parafraseie o que ouviu, ou seja, diga com suas próprias palavras para entender melhor;
• Fale em voz alta enquanto estuda, pois isso cria caminhos extras no cérebro para consolidar o aprendizado;
• Converse sobre o conteúdo com colegas, professores ou familiares.

Um ponto importante:

Não caia na armadilha de escutar sem prestar atenção. Para o estilo auditivo funcionar de verdade, é essencial manter o foco e manipular mentalmente a informação recebida.

Todos os estilos são úteis – e combináveis!

Embora cada pessoa tenha um estilo predominante, isso não significa que você deva se limitar a ele. Pelo contrário, quanto mais formas diferentes de estudar você usar, maior será a chance de fixar o conteúdo de maneira profunda e duradoura.

Imagine o cérebro como uma grande rede de conexões. Cada novo estímulo – visual, sinestésico ou auditivo – cria novos caminhos neurais. Quanto mais conexões, mais facilidade para acessar esse conteúdo no futuro, especialmente em momentos de prova.

Dica final: Estude como você vai usar o conteúdo

Uma das orientações mais valiosas da aula é: aprenda o conteúdo do jeito que você vai usá-lo. Por exemplo, se você está estudando para uma prova objetiva, como um concurso público ou o ENEM, é essencial praticar com questões. Isso porque, ao treinar o cérebro nas mesmas condições da aplicação, você cria um caminho claro para acessar essa informação quando for necessário.

Ou seja, de nada adianta apenas ler um texto ou ouvir uma explicação. Você precisa se perguntar: “Como eu vou usar esse conteúdo depois?”
Se a resposta for “em questões”, “em redações” ou “em apresentações”, seu estudo já deve envolver essas atividades.

Conclusão

Identificar e utilizar seu estilo de aprendizagem não é apenas uma questão de preferência, mas sim uma estratégia poderosa para melhorar seu desempenho. Quer você seja visual, sinestésico ou auditivo, o importante é explorar as melhores formas de manipular o conteúdo, repeti-lo e conectá-lo com experiências reais.

Então, aproveite essas dicas, experimente diferentes formas de estudar e descubra o que funciona melhor para você. Seu cérebro agradece!que funciona melhor para você. Seu cérebro agradece!


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